domingo, 1 de março de 2009

Bom... hoje pela segunda vez fui fazer trabalho voluntario com crianças no Foccus, um hospital que cuida de pessoas com câncer... Fomos comemorar o dia das crianças.
Chegamos lá com aquela roupa colorida e com uma peruca enorme, que não conseguiam esconder o aperto no coração de ver aquelas coisinhas pequenas sofrendo tanto.
Começamos a festa, brincamos, fizemos bexiga, abrçamos, beijamos.... Algumas crianças se animam mais, outras se assustam e se escondem atras dos pais... e como aperta o coração ver aquelas mãozinhas cheia de agulhas espetadas, aquelas caras de doentes e aquele cabelo ralo... Mas também, que grande recompensa é tirar um sorriso dessas criaças que tanto precisam. Bem no cantinho, em uma caeira de rodas estava um menino careca, com a mascara na boca...
Depois, conseguimos autorização para entrar nos quartos, visitar as crianças que não puderam descer para afesta... e aquela mascara na boca que não dava nem pra dar um sorriso direito... Como entender o motivo dessas crianças ali, deitadas, tomando um medicamento tão forte sendo tão pequeninhas, sem força nem pra levantar... E os pais do lado, alguns animados e outros que não tinha nada que a gente fizesse para tentar converncer de que vale a pena dar um sorriso. Como eles arranjam tanta força? Não tem como imaginar a dor que deve ser ver um filho sofrendo tanto, tao pequeno ainda....
Depois, entramos na UTI dos adultos... Entre tantas pessoas, passamos por uma senhora "Olhem amigos, essa é a Dona Cida"... Deitadinha, cabelo branquinho e um sorriso banguela no rosto... Fui do lado dela e ouvi "que lalegria ver esse trabalho tão bonito", mal sabia ela a alegria que me deu escutar uma coisa dessas... Peguei na mão dela, conversamos um pouco e não conseguia ir embora... Que vontade de arrancar todos aqueles aparelhos, todas aquelas agulhas e dar forças pra ela de algum jeito. Todos ficamos em volta da cama dela, cantamos, fizemos um boa bagunga... Antes de ir embora, olhei pratras e o medico tava colocando um mascara de oxigeneo nela, achei melhor não voltar praatrapalhar... Que vontaaade de dar uma abraço naquela velhinha tão simpatica....
Depois de bagunçarmos muito, descemos para ir embora... Conversando com o pessoal do hospital, contei que tinha muita vontade de trabalhar com isso, mas que depois de assistir doutores da alegia e chorar muito, percebi que ainda não tava pronta pra esse trabalho, afinal tinhaacabado de sair de uma dificil fase vendo pessoas que tanto amo sofrendo pela mesma doença. Então elas contaram que com o tempo vai passando e tal, ams que tem alguns casos que não tem como não se envolver... Uma das meninas contou que semana passada uma menininha morreu e ela chorou tanto que a familia ate buscou agura e ficou tentando consolarar.... Ai a Pri, que nos chamou pra trabalhar lá, disse "sabe quele menino no canto do refeitorio com mascaras", lembrei logo já com aperto no peito "o nome dele é Gabriel, tem 3 meses de vida" aiiiiiiiiiiiiiii que aperto no peito, ja com os olhos cheios d'agua perguntei"e a familia, como reagiu?", " ahh, a mae ja ta sabendo, mas ainda não sei direito"... Meu, que tristeza.... Criança não morreee, ou pelo menos não devia...
Enfim, impossivel não sair de la pensando como meus problemas sao pequenos e como tem gente precisando de um sorriso e um carinho... O mundo é bem maior do que a roupa que eu vou vestir pra ir pra balada, a prova que eu fui mal na faculdade ou o amigo que me encheu o saco em uma quinta feira qualquer...
E que apesar de nunca conseguirmos entende o por que de algumas coisas, elas acontecem, e precisamos nos esforçar ao maximo pra aproveitar, sorrir, brincar, nos divertir... afinal a vida é uma festa que fomos convidados(hahahha) e só fazendo arte pra conseguir esquecer, nem que seja por um segundinho, que existem dores e que existe uma saudade que nunca vamos conseguir matar, pelo menos não aqui....
E fica a saudade que eu sinto da garnde mulher da minha vida, e eu espero que quando ela estava no hospital, pessoas também tenham passado pro ela, alegrando um pouquinho, e que ela tenha mudado a vida de alguém, como a Dona Cida e todas aquelas pessoas fizeram comigo hoje...

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